Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

domingo, julho 30, 2006

"On the Economic and Fiscal Effects of Investment in Road Infrastructure in Portugal"

"The objective of this paper is to investigate the economic and fiscal impact of road infrastructure investment in Portugal, focusing on the effects for each region of both local investments and investments in other regions. We estimate VAR models for the national economy as well as for each of the five administrative regions in the country.
Empirical results suggest that investment in road infrastructures has been a powerful instrument to increase private investment, new permanent jobs and to promote long-term growth in all regions. More importantly, investment in road infrastructure, both at the aggregate level and for each one of the five administrative regions, generates fiscal effects that largely exceed the initial investment itself. Accordingly, there is no trade off in the long-term between the potentially positive economic effects and the potentially negative budgetary effects of such investments, i.e., both economic and budgetary effects are positive.
As a corollary, policies that would reduce current road investment as a response to the current budgetary concerns will result in lower long-term growth as well as worse future budgetary conditions."

Alfredo M. Pereira (Department of Economics, College of William and Mary);
Jorge M. Andraz (Faculdade de Economia, Universidade do Algarve) .

Keywords: public investment, road transportation infrastructure, regional spillovers, Portugal
JEL: C32 H54 R53; Date: 2006-07-13
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:cwm:wpaper:33&r=pbe

(resumo de “working paper”; nep-edu, 2006)

Ps: podendo parecer descabida a inserção neste “jornal de parede” desta referência, esclarece-se que a intenção foi trazer para aqui resultados de investigação científica relativos a um tema que se vem discutindo muito na praça pública, a mais das vezes, de forma bastante desqualificada, mesmo quando os intervenientes (universitários) deveriam fazer prova de seriedade na abordagem do assunto; isto é, tem-se dito e escrito muitas “blasfémias”.

Para uma situação de crise...

“Para uma situação de crise, são necessárias medidas excepcionais.”

(citação extraída de mensagem de correio electrónico proveniente de organização@snesup.pt, datada de 06/07/28, assinada por FENPROF e SNESup)

sexta-feira, julho 28, 2006

Nomeações definitivas: parte II

Sob a epígrafe “Nomeações definitivas: tudo seria muito mais simples se…”, trouxe-vos há dias uma experiência pessoal que disse considerar pouco gratificante para mim e, sobretudo, pouco edificante para a Instituição Universitária, lida no singular e no plural. Sublinhei, também, que a invocação se justificava porque o que retratava não era, infelizmente, caso isolado na UMinho (e, obviamente, na universidade portuguesa, no seu todo).
Na resposta, recebi algumas mensagens que confirmavam esta ideia de não se tratar de caso único e outras que sublinhavam que os elementos informadores do que estava em causa nesta situação não eram um exclusivo dos processos de nomeação definitiva. Em substância, estariam igualmente presentes em concursos para professores associados e catedráticos. Não seria de presumir, de facto, que fosse diferente nestes casos. Alguns, questionavam(-se), ainda, se o(s) reitor(es) não teriam um papel a desempenhar em tais circunstâncias (anormais).
Das mensagens que recebi, retenho algumas frases isoladas, onde se sublinham méritos de candidatos e a “anormalidade” do que se configurava numa ou mais situações, que, aliás, na substância, reproduzem o que eu destacava no relato que fiz então. Em concreto:

“É reconhecido(a) pela comunidade científica”;
“Publicou livros e artigos e interveio com comunicações em vários congressos nacionais e internacionais”;
“Todos os de boa fé o(a) reconhecem como figura de referência. na sua área”;
“É alguém que se move pelo compromisso com a promoção da qualidade da instituição universitária”;
“É possuidor de grande profissionalismo”;

“Situação insólita, de continuada violação de direitos legalmente protegidos”;
“Situação indigna e desprestigiante para a Universidade, sendo previsível uma repercussão pública desfavorável para a sua imagem”.

E mais frases e adjectivos poderia ter retido para dar expressão do desconforto e indignação que ia na alma dos que entenderam por bem dar-me notícia dos “seus” casos.
Partilhando esse desconforto, não sou capaz, no entanto, de pôr esperança alguma na intervenção do(s) reitor(es) nem, algumas vezes, dos presidentes dos Conselhos Científicos. Não é que não lhes cumpra verificar o cumprimento e/ou fazer cumprir a lei. É que, amiúde, são parte do problema. É, também, por isso que, há algum tempo atrás, neste mesmo jornal de parede, eu concluía que “a culpa era (é) de todos nós”.

J. Cadima Ribeiro

quinta-feira, julho 27, 2006

Recuso-me a acreditar que seja verdade!

Caros (as) colegas,
Estarão conscientes que, nos últimos tempos, tem-se vindo a generalizar o recurso a endereços de correio electrónico alternativos, para encaminhar assuntos de serviço, por manifesta insuficiência de capacidade das caixas de correio disponibilizadas pela UMinho para os seus agentes e estruturas. Esse é um factor adicional de crítica à gestão da Organização que se entende dado o papel que tomam as tecnologias de informação e de comunicação no nosso trabalho quotidiano e o “peso” crescente dos documentos manuseados. Aliás, é bom que se tenha presente que há multiplicados anos que essa capacidade das caixas de correio se mantém.
Este motivo de insatisfação profissional não é, entretanto, nada comparável com os que resultam de muitas outras dimensões do funcionamento da Organização. Não me deterei sobre isso nesta ocasião, até porque, infelizmente, podemos ter um horizonte de dois pares de anos para comentar isso.
Sabendo tudo o que acabo de referir, não estava, todavia, preparado (provavelmente, nunca virei a estar) para ser confrontado com mensagem do teor da que passo a apresentar, tal e qual como recebida de fonte bem identificada.

“Passei a usar um email alternativo ao da UM, para comunicar sobre este assunto, face aos insistentes rumores de que as caixas de correio de certas pessoas estão sujeitas a vigilância electrónica. Tenho ouvido coisas, que são verdadeiramente assustadoras. Parece haver uma realidade subterrânea e lamacenta, bem conhecida de certos funcionários, relativamente à qual os docentes têm um total alheamento e uma inocência angelical.”

É algo que vos deixo, sem comentários, a não ser o de que, na substância do que se enuncia, me recuso a acreditar que seja verdade.

J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, julho 26, 2006

Revista de imprensa

“António Guimarães Rodrigues tomou ontem posse para um segundo e «difícil» mandato ao leme da Universidade do Minho, numa cerimónia sem a presença de representantes ministeriais, nem do governador civil – representado pelo chefe de Gabinete José Lopes […].
No início de um novo mandato, o reitor optou por um discurso ´magnânimo`, em que renovou a sua aposta nos vectores da «região do conhecimento, a cultura de uma universidade sem muros e a responsabilidade social», ao mesmo tempo que aproveitou para anunciar a criação de uma licenciatura em Ciências Musicais […].
«A oferta de formação na área da música irá provocar um maior número de manifestações culturais de elevada qualidade artística, estabelecendo ligações com instituições da região», notou num propósito que não deixaria de ser subscrito pela candidatura de Moisés Martins, que prometeu uma postura leal, mas crítica da anterior “postura tecnocrática”.
[…]
O responsável máximo da academia começou por salientar «o apoio expressivo» ao programa de acção para os próximos quatro anos, de uma reitoria que ao longo do último mandato procurou «acomodar as implicações de uma acelerada alteração da envolvente do ensino superior, amortecendo o seu impacto e preservando a coesão institucional ».”

José Carlos Lima
(extractos de notícia publicada em Diário do Minho, de 2006-07-24)

terça-feira, julho 25, 2006

Recursos e desempenho das instituições universitárias

Numa altura em que tanto se fala em Portugal do desempenho das Instituições Universitárias (ou da falta dele), referido quer à vertente qualificação de recursos humanos quer à vertente produção científica e tecnológica, e da necessidade deste evoluir para padrões internacionais, parece-me interessante tornar públicos alguns números que mão amiga me fez chegar.
Na maior parte, trata-se de dados publicados recentemente pelo Diário Económico, conforme se explicita na indicação de Fonte. Esses dados foram completados com outros, recolhidos dos relatórios oficiais das instituições, para que o retrato fosse mais representativo e expressivo. É a este último título que é interessante olhar para os rácios da UMinho.
Os comentários deixo-os para os eventuais leitores, assumindo que os números possam sugerir ou significar alguma coisa.
Aqui ficam os ditos dados:
----------------------------------------------------------------------------------------------
(0) Instituições;
(1) Alunos(Grad.+Pós-Grad.);
(2) Pes. Docente;
(3) Pes. Não-Docente;
(4)=(2)+(3) Pes.Total.
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(0) Harvard (EUA)* ; (1) 19.789; (2) 2.000; (3) 9.000; (4) 11.000
(0) MIT (EUA)* ; (1) 10.206; (2) 1.620; (3) 8.380; (4) 10.000
(0) Oxford (RU)*; (1) 17.660; (2) 1.391 ; (3) 5.609; (4) 7.000
(0) Cambridge (RU)* ; (1) 18.133; (2) 1.542 ; (3) 8.570; (4) 10.112
(0) UTLisboa (Port.)*; (1) 22.206; (2) 1.912; (3) 1.184; (4) 3.096
(0) UMinho (Port.)** ; (1) 15.931; (2) 1.205 ; (3) 627; (4) 1.832
(0) UNLisboa (Port.)**; (1) 14.189; (2) 1.103; (3) 798; (4) 1.901
------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------
(0) Instituições;
(2)/(3) Pes.Doc./Pes.Não-Doc.;
(1)/(2) Alunos/Pes.Docente;
(1)/(4) Alunos/PesTotal.
-----------------------------------------------------------------------------------------------
(0) Harvard (EUA)*; (2)/(3) 0,22; (1)/(2) 9,89; (1)/(4) 1,79
(0) MIT (EUA)*; (2)/(3) 0,19; (1)/(2) 6,30; (1)/(4) 1,02
(0) Oxford (RU)*; (2)/(3) 0,24; (1)/(2) 12,69; (1)/(4) 2,52
(0) Cambridge (RU)*; (2)/(3) 0,17; (1)/(2) 11,75; (1)/(4) 1,79
(0) UTLisboa (Port.)*; (2)/(3)1,71; (1)/(2) 11,61; (1)/(4) 7,17
(0) UMinho (Port.)**; (2)/(3) 1,92; (1)/(2) 13,22; (1)/(4) 8,69
(0) UNLisboa (Port.)**; (2)/(3) 1,38; (1)/(2) 12,86; (1)/(4) 7,46
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Fonte: * Diário Económico, 06/06/06; ** Relatório da Universidade
Nota: a informação da UNLisboa é datada de 05/12/31

Como última nota, refira-se que o colega que me fez chegar esta informação continua interessado em aprofundar o assunto, pelo que não deu por encerrada a recolha de informação sobre outros casos. A essa luz, serão bem acolhidas eventuais colaborações de quem disponha de informação relevante.

J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, julho 24, 2006

Nomeações definitivas: tudo seria muito mais simples se ...

Há um bom par de meses, por força do meu estatuto profissional e enquadramento orgânico, estive directamente envolvido na tomada de posição sobre um pedido de nomeação definitiva como professor do quadro de professores da UMinho. Cumpri o que legalmente estava estabelecido e fiquei a aguardar que outros o fizessem, igualmente, e que o processo seguisse a tramitação conveniente, sem percalços de maior. Havia todas as razões para presumir que assim viesse a suceder, por duas razões essenciais: primeiro, porque nunca na EEG havia sido recusada uma nomeação definitiva, independentemente da qualidade do CV. dos que passaram por esse processo; e, segundo, porque era inquestionável o mérito da requerente, atestado por dois pareceres que, fazendo embora leituras diferenciadas do relatório produzido pela candidata, concluíam ambos com a formulação de proposta de deferimento do requerimento de nomeação. De forma a ilustrar esse mérito, em breve invocação da conclusão do parecer que elaborei na ocasião, retenho as seguintes passagens:

“…no período a que reporta este documento, a docente/investigadora publicou ou viu aceites para publicação 5 artigos em revistas internacionais. Dada a qualidade das revistas, isso não pode ser visto senão como expressão da elevada qualidade da investigação produzida;
…a docente/investigadora tem em curso a orientação de duas teses de doutoramento […] e orientou no período três dissertações de mestrado, concluídas com sucesso;
…a Professora esteve associada à organização de diversas (os) Conferências e Seminários de natureza científica […]. Está também ligada a uma iniciativa […] a decorrer nos EUA, na qualidade de membro do comité científico, o que é, também, revelador do prestígio científico que entretanto granjeou.”

Pese o que digo antes, devo informar que o processo (que presumo formalmente concluído, nesta data) passou por diversas atribulações, que foram desde o arrastamento do agendamento do assunto para reunião do Conselho Científico até à produção de um parecer por parte da AJ da reitoria, na sequência de votação inválida naquele órgão, por não estar reunido o quórum necessário.
Todavia, o mais chocante foi constatar que as mais fortes objecções ao desfecho favorável do processo provieram de professores estranhos à área científica da candidata, que ignorando os pareceres científicos produzidos, tiveram a ousadia de questionar o mérito científico da candidata, equiparando-o a desempenhos banais de docentes da respectiva área, e chegaram mesmo a enunciar dúvida sobre a existência de contributo em matéria de orientação de teses e dissertações.
Conclui na ocasião, e afirmei-o em sede formal, que tudo seria muito mais simples se a colega se limitasse a ter o perfil e o desempenho académico/científico de muitos outros que conhecia, isto é, um desempenho científico medíocre e um perfil de “yes woman”.
As coisas tem o valor que têm e talvez não valesse a pena lembrar este assunto não fora a circunstância de se saber que este não é caso único na Universidade do Minho, e a situação relatada não ser uma idiossincrasia da minha Escola, infelizmente.

J. Cadima Ribeiro

sábado, julho 22, 2006

Prestação de serviços para assegurar funções docentes

“Num número significativo de Universidades e em alguns Politécnicos recorre-se à contratação em regime de prestação de serviços para assegurar o exercício de funções docentes. Não apenas sob a forma, já de si degradante, de "recibo verde", mas também, inacreditavelmente, de "acto isolado", isto é, com pagamento apenas no fim do semestre lectivo.
[…]
Uma parte destas situações decorre de um equívoco quanto ao carácter vinculativo dos "plafonds" de ETI, que, tanto nas Universidades como nos Politécnicos, apenas se aplicam às contratações com suporte em verbas transferidas do Orçamento do Estado. Mas as restantes resultam de uma vontade de precarizar, e de colocar sob absoluta dependência aqueles que, por razões de subsistência e falta de alternativas profissionais, se sujeitam a este regime. Não é apenas a situação destes colegas que nos preocupa, é também a circunstância de com este tipo de "admissões" se perder o rigor e a exigência na constituição de corpos docentes que constituem elemento fulcral nos sistemas de garantia de qualidade de ensino.
[…]
O SNESup fez recentemente a experiência de pedir à maioria das Universidades o envio destas listas. Algumas nem sequer as organizam, outras não as enviam, a maioria disponibiliza-as, mesmo com indicação de situações quanto à existência de pessoal técnico e administrativo que claramente infrigem a lei. Mas nenhuma admite a existência de docentes em regime de aquisição de serviços, que se encontram assim, não só em situação ilegal, mas na mais rigorosa clandestinidade. Quando inquirimos directamente as instituições, as respostas, quando existem, mostram animosidade e vontade de fuga às responsabilidades.”

A Direcção do SNESup
(extractos de mensagem de correio electrónico recebida em 06/07/21, proveniente de organizacao@sensup.pt)

sexta-feira, julho 21, 2006

There are two cardinal sins

"In life and business, there are two cardinal sins. The first is to act precipitously without thought and the second is to not act at all."

Carl Icahn

(citação extraída de SBANC Newsletter, July 18, 2006, Issue 430-2006, http://www.sbaer.uca.edu )

quinta-feira, julho 20, 2006

Acolhimento dos alunos do 1º ano

Através do Despacho RT-29/2006, o reitor da UMinho homologa e divulga as “Directivas para o Acolhimento e o Acompanhamento dos Alunos do 1º Ano da Universidade do Minho (2006/2007)”. Nessas directivas, por seu turno, logo a abrir, pode ler-se que:
“A Universidade do Minho tem desenvolvido em anos transactos um Programa de Acolhimento e Acompanhamento dos alunos do 1º ano. Este Programa, fundado em análises e experiências desenvolvidas a vários níveis no interior da Universidade, tem-se revelado adequado enquanto estratégia de resposta a algumas das dificuldades que se colocam aos alunos que pela primeira vez ingressam no ensino superior.”
Mais adiante, na secção relativa ao ´Programa de Acolhimento`, pode, adicionalmente, ler-se:
“O primeiro ano é reconhecidamente um ano importante no desenvolvimento pessoal do aluno e na construção de competências e métodos de estudo que poderão determinar muito do seu sucesso académico. A definição e implementação das metodologias de acompanhamento dos novos alunos de cada Curso são, nesta medida, particularmente pertinentes.”
Atento ao que se tem passado em anos transactos e ao espírito que enforma o acolhimento, bem enunciado na frase que diz que “O primeiro ano é reconhecidamente um ano importante no desenvolvimento pessoal do aluno e na construção de competências e métodos de estudo”, confesso que fiquei baralhado. Em concreto, na boa tradição de “anos transactos”, questiono se não está este assunto de há muito convenientemente entregue e resolvido? Ter-se-ão o conselho académico e o reitor esquecido da “semana” de recepção ao caloiro há muito instituída pelos estudantes e respectivo cabido de cardeais? Mais: tendo, e muito bem, o Sr. reitor e o seu vice-reitor reafirmado ainda não vai para um ano, em sede formal de senado, que essa era matéria da estrita autonomia e responsabilidade dos estudantes e seus órgãos “representativos”, como se percebe que surja agora este despacho e esta surpreendente intrusão de órgãos da Universidade em assuntos da reserva dos estudantes?
Uma desatenção, seguramente, só compreensível em razão deste malfadado calor que se tem feito sentir e do adiantado do ano académico. Ainda bem que sobra tempo, ainda, para pôr as coisas no seu devido lugar.

J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, julho 19, 2006

Cultural attributes of a successful company

“Cultural Attributes of a Successful Innovative Company:
Honesty - The degree to which each employee has total confidence in the integrity, ability, good character of others, and the organization, regardless of role.
Alignment - The degree to which the interests and actions of each employee support the clearly stated and communicated key goals of the organization.
Risk - The degree to which the organization, employees, and managers take risks.
Teams - The degree to which team performance is emphasized over individual performance. Empowerment - The degree to which each employee feels empowered by managers and the organization.
Freedom - The degree to which self-initiated and unofficial activities are tolerated and approved throughout the organization.
Support - The degree to which new ideas are welcomed from all sources and responded to promptly and appropriately.
Engagement - The degree to which all levels of the organization are engaged with the customer and the operations of the organization.
Stimuli - The degree to which it is understood that unrelated knowledge can impact product, service, and operations improvements.
Communication - The degree to which there is both planned and random interaction between functions and divisions at all levels of the organization.”

Jack M. Kaplan e Anthony C. Warren
Patterns of Entrepreneurship. 2nd Edition, Von Hoffman Press, Inc., 2007, Page 275.

(citação extraída de SBANC Newsletter, July 11, 2006, Issue 429-2006, http://www.sbaer.uca.edu/ )

A capacidade instalada não é demais

“Toda a capacidade instalada em recursos humanos no ensino superior público não é demais para as necessidades de qualificação de uma população activa tão carente dos níveis educativos indispensáveis ao desenvolvimento do nosso país. Visões estreitas de “poupança” de recursos financeiros no ensino superior, sector onde os gastos por aluno se encontram ainda abaixo de metade do dispendido pela média dos países da OCDE (ver em ´Education at a Glance`), sairão a prazo muito caras ao país.”

(extracto de mensagem de correio electrónico recebida em 06/07/19, proveniente de organizacao@sensup.pt e assinada por FENPROF e SNESup)

terça-feira, julho 18, 2006

Economia: investigação em destaque

“A página denominada Economics Research in Portugal: People and Institutions, contém informação sobre as publicações de economistas portugueses e de Universidades e Centros de Investigação portugueses em mais de 350 revistas científicas internacionais indexadas na EconLit. A partir desta informação, os autores desta página, Paulo Guimarães (Medical School of South Carolina), Miguel Portela (Universidade do Minho) e Pedro Cosme (Universidade do Porto), quantificam a produção científica internacional em Economia por economistas e instituições nacionais. Recorrendo a um conjunto de critérios acreditados internacionalmente é possível ao utilizador da página obter a seriação de autores ou instituições com base na sua produção científica.
A página é promovida pelo CEMPRE (Centro de Estudos Macroeconómicos e Previsão) e pelo NIPE (Núcleo de Investigação em Políticas Económicas), centros de investigação da Faculdade de Economia da Universidade do Porto e da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, respectivamente, ambos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Apesar de ser um dos mais jovens departamentos de Economia do país, os resultados do investimento da Universidade do Minho na formação dos nossos docentes são hoje notórios na posição que ocupa na generalidade das seriações. É de destacar o facto de na generalidade dos rankings a Universidade do Minho surgir entre as quatro universidades portuguesas com maior dinâmica de investigação em Economia.
Sugerimos a visita a esta página de forma a conhecer melhor a evolução da produção científica em Economia por autores e instituições portugueses.”

(notícia extraída da entrada Investigação em Destaque do sítio do Departamento de Economia da EEG/UMinho; http://www.eeg.uminho.pt/economia)

segunda-feira, julho 17, 2006

Quem é o candidato?

Em véspera de férias, para alguns felizardos - sobretudo alunos e pessoal não-docente - venho desafiá-lo para um pequeno exercício, difícil mas não insuperável; a saber:
i) situar o lugar, isto é, a Instituição deste país ou doutro, e o tempo a que se referem os extractos do “manifesto eleitoral” que retenho de seguida;
ii) identificar o “candidato” que se anuncia nos extractos retidos.

“O candidato possui a convicção de que a instituição universitária tem a capacidade de se reformar, de encontrar as formas de realizar as suas metas e de demonstrar a sua relevância. Considera que a instituição universitária não é uma ´organização-empresa`. Entende que a crítica e a interrogação permanentes são mais valias da Instituição, que lhe garantem a sua criatividade e a capacidade de se modernizar. Considera que, por definição, o docente universitário deve ser irreverente mas responsável, em toda a extensão e consequência desta definição.”
[…]
“No momento em que é colocado em causa o próprio modelo de gestão democrática intrínseca à Universidade, e em que é feito apelo a uma visão de Universidade autista, elitista e fechada sobre si mesma, o candidato considera que o que está em causa é mais profundo.”
[…]
“Como organização que se pretende por natureza inconformista, na acepção mais profunda do termo, a Universidade deve rejeitar actuações de mera preservação de equilíbrios locais, de grupo ou pessoais. O futuro da Universidade inscreve-se nas gerações mais jovens, que devem consciencializar-se do imperativo da sua participação na vida da Instituição.”

Se conseguiu superar as dificuldades iniciais e se a sua ousadia o tenta para ir mais longe, deixo-lhe as questões adicionais seguintes:
i) se o docente universitário irreverente mas responsável de que se fala é aquele que, discordando embora de quase tudo quanto se passa na gestão de cúpula organização, está sempre disponível para votar as propostas do reitor (antes, candidato) e, mesmo, referendá-lo em processo eleitoral formalmente democrático?
ii) Onde se terá inspirado o candidato para reter no seu manifesto eleitoral expressões como autista, elitista e fechada, e se não queria, antes, falar de pseudo-democrático, elitista e sulista?
iii) Em que sentido o candidato afirma que “a Universidade deve rejeitar actuações de mera preservação de equilíbrios locais, de grupo ou pessoais”? Exprimirá alguma frustração face à sua manifesta incapacidade de comunicar com a envolvente político-institucional? Ou quererá reafirmar a sua cultura de solidão do poder, em detrimento da lógica de núcleo duro dentro da equipa reitoral? E, finalmente,
iv) porque razão se referirá o candidato a instituição e universidade umas vezes fazendo uso de letra maiúscula e outras de minúscula? Será para distinguir a “sua” Instituição / Universidade da dos outros, porventura, os tais elitistas e sulistas a que faço alusão?

E basta, para esta altura. Férias, são férias! Não convém forçar.

J. Cadima Ribeiro

sábado, julho 15, 2006

Educação e Fecundidade em Portugal

“O aumento nos níveis de produto e de rendimento é uma condição fundamental para a promoção do desenvolvimento económico, nos países e nas regiões. Ceteris paribus, níveis de rendimento mais elevados permitem que as famílias possam usufruir de níveis de rendimento disponível também mais elevados e, consequentemente, melhorar o seu nível de bem-estar.
A teoria do capital humano mostra-nos, a nível territorial, a estreita relação entre o aumento da riqueza e os níveis de qualificação da população. Níveis elevados nestas variáveis - rendimento e habilitações escolares - traduzem-se, pelo menos nos países da Europa, em níveis também maiores de riqueza. Por outro lado, sabemos que os territórios não poderão promover processos sustentados de desenvolvimento económico e social, particularmente em termos inter-geracionais, se o número de filhos que cada família tem for insuficiente para garantir a substituição de gerações.
Portugal é um dos países europeus com mais baixos níveis de rendimento (apenas 68.7% do PIB per capita em 2003), baixos níveis de qualificação no mercado de trabalho (cerca de 40% da população activa, em 2002, não tinha qualquer nível de instrução ou tinha apenas o 1º ciclo do ensino básico) e, simultaneamente com reduzidos níveis de fecundidade (em média, 1.4 filhos por mulher, em 2004). Efectivamente, este cenário coloca sérios desafios a Portugal, no que respeita à melhoria do comportamento destas variáveis.
Assim, com esta comunicação propomo-nos, a partir de dados estatísticos para os concelhos de Portugal continental, analisar a existência de inter-relações entre as diferenças nos níveis de educação - particularmente das mulheres - e o número médio de filhos.”

Conceição Rego (Department of Economics, University of Évora)
Maria Filomena Mendes (Department of Sociology, University of Évora)
António Caleiro (Department of Economics, University of Évora)

Keywords: Desenvolvimento económico, Desigualdades de rendimento, Diferenças nos níveis de educação, Fecundidade, Portugal
Date: 2006
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:evo:wpecon:10_2006&r=edu

(resumo de “working paper” intitulado Educação e Fecundidade em Portugal: as diferenças nos níveis de educação influenciam as taxas de fecundidade?; nep-edu, 2006;
Edited by: João Carlos Correia Leitão http://ideas.repec.org/e/ple48.html
Universidade da Beira Interior Date: 2006-07-09)

sexta-feira, julho 14, 2006

Professores auxiliares convidados

“O SNESup tem vindo a denunciar como abusiva a contratação de doutores como professores auxiliares convidados em tempo integral. Um inquérito por questionário recentemente aplicado pelo Sindicato (ver anexo), confirma que:
- esta prática decorre de políticas adoptadas pelas instituições;
- está associada em muitos casos à celebração de contratos por períodos até um ano, que o ECDU permite quando as necessidades lectivas assim o recomendarem, e à sua subsequente renovação por períodos também até a um ano, quando o Estatuto estabelece que sejam renovados por cinco anos;
- está igualmente associada à atribuição de cargas horárias superiores às nove horas de aulas semanais que o ECDU estabelece como limite para os docentes em tempo integral, de carreira ou convidados;
- a quase totalidade dos docentes nesta situação pretende passar à carreira, onde aliás está previsto um período probatório de cinco anos antes da nomeação definitiva;
- a grande maioria pretende que o SNESup intervenha junto das instituições.
A regularização das situações dos professores auxiliares convidados em tempo integral com doutoramento, bem como da de outros doutores que tanto nas universidades como nos politécnicos continuam sem enquadramento contratual adequado, está reivindicada no documento "Seis medidas pela estabilidade profissional e pela protecção em caso de desemprego", subscrito pelo SNESup e pela FENPROF e entregue no MCTES em 8 de Junho último.
Não podemos deixar de nos congratular por o Reitor da Universidade de Évora ter anunciado recentemente a delegações sindicais que pretende resolver estas situações.
Trabalharemos para que outras Universidades adoptem orientação semelhante. Desde já apelamos aos interessados para que nos contactem. Saudações académicas e sindicais.”


A Direcção do SNESup
14-7-2006
SNESup – Sindicato Nacional do Ensino Superior
snesup@snesup.pt

LISBOA (sede nacional) - Av. 5 de Outubro, 104 - 4º - 1050-060 LISBOA
Tel. 217995660; Fax. 217995661

(reprodução de mensagem de correio electrónico recebida nesta data)

quinta-feira, julho 13, 2006

"Concurso nacional distingue ideias inovadoras de universitários"

«Identificar pessoas e ideias inovadoras com potencial e dar-lhes condições para o desenvolvimento das ideias numa perspectiva de valor e mercado. Estes são os objectivos do Prémio Innovation Point 2006 – Concurso Nacional de Inovação para Universitários, com periodicidade anual.
O projecto foi ontem dado a conhecer, no âmbito da apresentação pública da “Innovation Point S.A.”, uma sociedade anónima cujo capital é detido pela “holding” DST SGPS S.A. e por accionistas privados. A cerimónia foi presidida pelo secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro.
José Teixeira, vogal do Conselho de Administração da empresa, anunciou que o concurso se dirige a estudantes do ensino superior, universitário ou politécnico, público ou privado e a estudantes estrangeiros que frequentem o ensino em Portugal ao abrigo de programas de mobilidade. As candidaturas, que podem ser individuais ou apresentadas em equipas, “às quais se podem juntar docentes ou investigadores “, têm de ser apresentadas até 3 de Novembro. O período de análise das candidaturas decorre de 6 a 30 de Novembro e a sessão de entrega de prémios realiza-se entre 11 e 20 de Dezembro.
Podem ser apresentadas "a concurso ideias inovadoras em qualquer área, com elevado potencial de mercado, nos formatos de modelo de negócio, de produto (bem) e de produto (serviço)". Os projectos são avaliados por um júri que integra elementos da “Innovation Point”, do Plano Tecnológico, do IAPMEI, da Agência de Inovação, da Tec-Minho e da Associação Industrial do Minho.
Incubar ideias e gerar produtos.
O presidente do Conselho de Administração da “Innovation Point”, José Mendes (ex-vice-reitor da Universidade do Minho), explicou que a missão da empresa consiste em “incubar ideias e gerar produtos”. O respectivo modelo de actuação começa na geração de ideias, seguindo-se a identificação de oportunidades e avaliação da ideia, a incubação da ideia, o desenvolvimento e a comercialização.
A propósito do Processo de Bolonha, a “Innovation Point” lançou um programa de Investigação & Desenvolvimento + Inovação, tendo em vista o desenvolvimento de soluções de gestão da aprendizagem que endereçam esta nova realidade, com perspectiva de lançamento no mercado internacional. Para este ano, a empresa tem previsto o desenvolvimento de projectos no âmbito do ambiente, engenharia e construção, tecnologias da informação e conteúdos, administração pública, educação de nível superior e exploração vocacional, através de tecnologias móveis.
O primeiro produto, lançada esta semana, denomina-se “where-to-invest-inportugal.com”, uma solução global de marketing territorial dirigida aos municípios para a atracção de investimento directo, explicou o responsável.Trata-se de uma solução que permite aos municípios adquirir visibilidade no contexto dos processos de decisão das empresas investidoras, nomeadamente no que se refere à selecção de localizações vantajosas.»

Cláudia Pereira
in Diário do Minho de 2006-07-13

quarta-feira, julho 12, 2006

Universities as drivers of .../policies and recomendations

“The general context of socio-economic activity in any given locale shapes the actions and performances of the universities. But more than that, university leadership emerges as an important factor in determining whether universities adopt a proactive approach. Adjusting their strategies to very diverse contexts, university managers can deploy their talents and leadership skills to address economic needs.
[…]
As for factors hindering or supporting university-industry linkages, the institutional framework for urban development policies, and more specifically the incentive policies put in place by local governments, emerge as crucial. In those cities where local governments have more liberal and open policies – like Ho Chi Minh or Danang – universities tend to work more closely with firms.
[…]
There is a range of policies that need to be improved for facilitating linkages between Universities and local firms. Financial constraints and the shortage of a new generation of university staff merit especially focused attention. Incentives need to be extended to enable university research to become more market driven and thus to better serve the needs of firms and industry. It is only though long-term vision that universities will become key actors in the overall innovation system in the country.”

Tran Ngoc Ca
Date: 2006-06-01
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:wbk:wbrwps:3949&r=edu
(extractos da secção “Policies, institutional framework and recommendations” de “working paper” intitulado Universities as drivers of the urban economies in Asia : the case of Vietnam; nep-edu, 2006)

terça-feira, julho 11, 2006

"Talentos e Regiões"

"Na última década, países e, sobretudo, cidades europeias acordaram para a necessidade e de reter os seus talentos e atrair os provenientes de outros locais. Por exemplo, a Irlanda tem hoje programas como as Young Presidential Investigation Awards para apoiar os seus jovens cientistas mais talentosos. Dublin oferece até ateliês para os mais prometedores arquitectos internacionais.
Na vizinha Barcelona, criou-se uma iniciativa (http://www.bcn.es/22@bcn/) para transformar a cidade num magnete de talento mundial nas áreas dos novos media e biotecnologia. Essa iniciativa associa as principais universidades, empresas e entidades bancárias de Barcelona. Os impostos sobre rendimentos na região foram também reduzidos para atrair residentes estrangeiros baseando-se numa tarifa plana de 20% […]. A recente instalação do laboratório europeu de investigação da Yahoo demonstra a crescente atractividade da cidade.”


António Câmara
Prof. da FCT-UNL e Presidente da YDreams

(extracto de artigo intitulado “Talentos e Regiões”, publicado no EXPRESSO – Economia, de 06/07/08, p.19)

segunda-feira, julho 10, 2006

Instituto Ibérico de Investigação em Braga?

Em artigo com a assinatura de Francisco de Assis/Lusa e intitulado “Instituto Ibérico de Investigação vai ter sede em Braga”, podia ler-se no Diário do Minho de 20 de Novembro de 2005 o seguinte:

“A cidade de Braga foi honrada na XXI Cimeira Luso Espanhola, que decorreu em Évora, ao ser escolhida para acolher a sede do Instituto Ibérico de Investigação. Trata-se de um centro científico que vai permitir uma maior mobilidade e cooperação entre investigadores de Portugal e Espanha.
Os primeiros-ministros de Portugal, José Sócrates, e de Espanha, José Luís Zapatero, consideraram que esta cimeira representou um «salto qualitativo» na relação entre os dois países, «sendo a ciência a nova estrela da cooperação». O concelho e a região de Braga certamente vão recordar este encontro com satisfação por esta decisão, uma vez que ela representa um reconhecimento das potencialidades da região e das actuais infra-estruturas de ensino sedeadas no Minho. O reitor da Universidade do Minho, António Guimarães Rodrigues, manifestou o seu agrado, considerando que «o Centro de Investigação virá alavancar diversos clusters que se pretendem ver instalados e reforçados na região. É, portanto, de grande relevância para a região».
Guimarães Rodrigues disse ainda que as informações sobre o Centro e a sua configuração irão ainda ser detalhadas. Mas tem já conhecimento da importância do instituto, uma vez que lhe foi comunicado pessoalmente pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago. Uma informação recebida com «satisfação», considerando a sua importância para a Universidade. Guimarães Rodrigues recordou que a UM tem como sua prioridade estratégica a criação de uma Região do Conhecimento no Minho. A sua acção, em parceria com os demais agentes de desenvolvimento, tem sido desenvolvida no sentido de criar na Região do Minho as condições para o desenvolvimento sustentado. «O Pacto de Desenvolvimento Regional assinado em 2003 tem essa expressão, e os diferentes agentes envolvidos têm vindo a construir a malha que permite a sua implementação».
[…]
Sobre o futuro Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento, o ministro português da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, afirmou no final da conferência de imprensa dos dois chefes do Governo que o instituto de Braga será presidido pelo espanhol José Ribas, docente na Universidade de Santiago de Compostela.
De acordo com Mariano Gago, o instituto vai acolher cerca de 200 investigadores portugueses e espanhóis, mas também está aberto a especialistas de outros países e que entrará em funcionamento até 2007, com um investimento público português e espanhol, anual que rondará os 30 milhões de euros. Para o primeiro-ministro português José Sócrates, «esta cimeira esteve à altura destes tempos de exigência, de responsabilidade e de ambição», realçando os 12 acordos de cooperação assinados na área da ciência e tecnologia.
Por sua vez, o chefe do Governo de Madrid, disse na conferência de imprensa que encerrou a cimeira de Évora, a propósito da cooperação ibérica na área da ciência, que «Portugal e Espanha estão a viver um momento de excelência» nas suas relações bilaterais […]. «Para além das tradicionais áreas de cooperação da segurança e das relações económicas, alargámos agora o campo de actuação conjunta ao emprego, ao ambiente e à ciência, que foi a estrela desta cimeira», sustentou Zapatero.”

Depois de um longo período de silêncio, este assunto voltou a ser mencionado na comunicação social nos últimos dias (cf. artigo de La Voz de Galicia, de 06/07/04, inserto abaixo - El AVE Vigo-Oporto estará en funcionamiento el 2013), se bem que com saliência menor.
Dado o tempo entretanto decorrido e as datas anunciadas para o arranque do Instituto, não seria de esperar que se soubesse já algo mais sobre a configuração do projecto, a sua instalação física, a estrutura humana encarregue da sua implementação, entre outros aspectos? Significará este vazio de notícias e de acções que, afinal, se tratou apenas de mais uma acção de propaganda dos governos? E que dizer da irrelevância política que parece ter tido e continuar a ter a UMinho (leia-se: a sua reitoria) na configuração e eventual materialização deste projecto? Deverá essa realidade ser entendida como uma simples desatenção dos agentes políticos ou significará muito mais que isso?
Seria muito interessante ver estes aspectos esclarecidos, a breve prazo. Ao fim e ao cabo, estão em causa as enunciadas apostas do governo na Ciência e Tecnologia e no desenvolvimento da nossa região. Obviamente que, na falta de resposta, o tempo e os factos se encarregarão de fazer plena luz sobre a matéria.

J. Cadima Ribeiro

sábado, julho 08, 2006

FCT: candidaturas a financiamento de projectos de investigação

“Caro investigador(a),
O novo Regulamento de acesso a financiamento de projectos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico, encontra-se disponível desde ontem dia 5 de Julho na página web da FCT em: http://www.fct.mctes.pt/projectos/concurso2006/regulamento/
Para que a adesão da comunidade científica às várias iniciativas que estão em curso, ou em vias de lançamento, seja o mais participada possível, a FCT decidiu alargar o prazo de submissão de candidaturas a financiamento de projectos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico, até dia 31 de Agosto.
Com os meus cumprimentos,”

João Sentieiro
Presidente da FCT

(mensagem recebida de Presidência presidencia@fct.mctes.pt
Data: Fri, 07 Jul 2006 21:37:09 +0100
Reponder para: Presidência
Assunto: Regulamento de acesso a financiamento de projectos)

sexta-feira, julho 07, 2006

"Universities as drivers of the urban economies in Asia: the case of Vietnam"

”This study looks at the contribution of the university system in Vietnam to the socioeconomic development in general, and their relationship with firms, dynamic actors of the economy in particular.
The study uses different methods of research, from reliance on secondary data to interviews with universities and survey of firms. Several case studies of the key universities in four regions have been undertaken: Hanoi in the north, Danang in the center, and Ho Chi Minh City and Cantho in the south of Vietnam.
The findings show that the role of Vietnamese universities in research is much weaker than teaching, and that their contribution to the socioeconomic development of the country is limited to the production of an educated labor force rather than innovation. However, in selected universities, innovation did take place to a certain extent and brought benefits for both the universities and firms they served. This situation is explained by both the inherited university system in Vietnam and its shift in behavior in the context of economic renovation and globalization.”

Tran Ngoc Ca
Keywords: Tertiary Education, ICT Policy and Strategies, Agricultural Knowledge & Information Systems, Rural Development Knowledge & Information Systems, Access & Equity in Basic Education
Date: 2006-06-01
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:wbk:wbrwps:3949&r=edu

(Resumo de “working paper”; nep-edu, 2006)

quinta-feira, julho 06, 2006

As boas-vindas ao novo pró-reitor

Caros (as) colegas,
Já sabem que vamos ter um novo pró-reitor? E ainda por cima para as relações internacionais. Vai ser agora que vamos ter uma estratégia de internacionalização da UMinho!
Estranho, estranho é que o recém-candidato a reitor, Prof. António Guimarães Rodrigues, que se sabe ser pessoa que se distingue na sua acção directiva por pôr o planeamento antes de tudo o mais, se tenha esquecido de anunciar a inclusão deste novo elemento na sua “equipa” reitoral, para mais sendo o reforço que vão ver e tendo esta área a relevância estratégica para a Universidade que o reitor não se tem cansado de enunciar.
Se não sabiam do que anuncio, vão querer saber quem é a personalidade que vai protagonizar o lugar. Perdoar-me-ão que alimente o “suspense”. Confio que o vosso coração resista até à publicitação oficial.
De uma coisa podem estar seguros: é a pessoa certa, pelos seus atributos executivos, modéstia e discernimento estratégico, aliás, à imagem da equipa reitoral, no seu todo.

J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, julho 05, 2006

Whatever can be done will be done

"A fundamental rule in technology says that whatever can be done will be done."

Andrew Grove
(citação extraída de SBANC Newsletter, July 4, 2006, Issue 428-2006, http://www.sbaer.uca.edu )

terça-feira, julho 04, 2006

El AVE Vigo-Oporto estará en funcionamiento el 2013

“El encuentro entre el presidente de la Xunta, Emilio Pérez Touriño, y el primer ministro portugués, José Sócrates, sirvió ayer al jefe del Ejecutivo gallego para rebajar en dos años las previsiones de entrada en funcionamiento del AVE Vigo-O Porto.
La secretaria lusa de Infraestructuras había anunciado en abril de este año que antes del 2015 no se podría hablar de esta conexión que, ayer, según Touriño, retoma los plazos iniciales y su consideración de proyecto estratégico.
«Retómase a referencia de prazos que existía anteriormente, agora si, se retoman as primeiras referenias temporais», manifestó Touriño en su comparecencia en San Bento, la residencia del primer ministro luso.
[…]
Touriño salió contento de su encuentro de 40 minutos con Sócrates, y repitió en varias ocasiones que el AVE Vigo-Oporto tiene carácter «estratéxico» para el Gobierno luso. «O Goberno portugués está plenamente decidido e involucrado en esta actuación», observó el presidente de la Xunta.
La línea de alta velocidad desde Oporto hasta Galicia se construiría en los mismos plazos que la Madrid-Lisboa, si se cumplen los pronósticos expresados ayer.
Universidades
Touriño anunció también que en octubre habrá un encuentro entre las tres universidades gallegas y las del norte de Portugal, para estudiar la opción de crear un distrito compartido, lo que otorgaría la opción de ofrecer másteres de postgrado conjuntos y mayor movilidad a los estudiantes de ambas demarcaciones, que suman seis millones y medio de habitantes.
El presidente gallego se entrevistó, previamente a su encuentro con Sócrates, con el ministro de Ciencia y Tecnología, Mariano Gago, acompañado por la conselleira Laura Sánchez Piñón, para dialogar sobre el Centro Internacional de Nanotecnología de Braga, que dirigirá el gallego José Rivas, catedrático de Física de la Universidad de Santiago.
[…]
Touriño cerró la jornada de ayer con una cena en la embajada de España en Lisboa, que dirige Enrique Panés.”

(extracto de notícia publicada em La Voz de Galicia de 06/07/04, http://www.lavozdegalicia.es/)

segunda-feira, julho 03, 2006

Somos todos culpados

De um colega docente bem identificado, através de um canal paralelo a este, recebi há dias uma mensagem que, reportando-se a um texto que inseri neste “jornal de parede”, comentava que não era o reitor, este ou outro, o responsável directo por todos os erros e desmandos a que as pessoas e a instituição têm estado sujeitas, um pouco por toda a UMinho, nestes anos mais recentes. Dizia, ainda, que um reitor poderia ser um agente de transformação desta cultura institucional, a começar pela coragem que mostrasse de agir disciplinarmente contra quem prevarica de forma grave face à legalidade e ao dever de se respeitarem os direitos legítimos das pessoas, sejam elas professores ou não.
Mais acrescentava que “o cancro da instituição”, a seu ver, residia na mentalidade de muitos professores catedráticos, que interpretam essa sua condição como garantia de impunidade ou inimputabilidade. Concluía com a afirmação de que isso é que destruía energias, a participação, a criatividade e a inovação e, afinal, o prazer e o entusiasmo de avançar com novos projectos.
A reprodução do enunciado de ideias que aqui trago é da minha lavra, não sendo seguro que tenha captado literalmente tudo o pretendeu transmitir-me.
Recupero aqui esta troca de mensagens porque ela me parece transcender a simples comunicação pessoal e me permite sublinhar algumas concordâncias com o que o colega enunciava e, também, algumas dissonâncias.
A primeira concordância vai para a afirmação de o reitor (e, sem ambiguidade, é deste que estamos a falar) não ser o culpado de tudo o que vai mal na UMinho. E vai muita coisa, como parece ser consensual. Não sendo responsável por tudo, é, todavia, o primeiro, mesmo por ser a cúpula formal da organização, e por não saber partilhar nem responsabilidades nem méritos e ninguém o ter obrigado a concorrer ao lugar.
Eu iria, entretanto, mais longe e diria que responsáveis somos todos, por acção ou, como é mais comum, por omissão. Pondo maior sentido cívico, mais empenho e mais exigência não haveria espaço para tantos jogos de poder, permissividade a conluios, nem lugar para que a obstinação persistente de medíocres vingasse. Culpados somos todos, os professores catedráticos, seguramente, mas igualmente os professores associados, os auxiliares, os assistentes (grupo em vias de extinção) e os funcionários não-docentes de todas as categorias profissionais e níveis. Aliás, permitimos até que deste grupo emergissem alguns pequenos senhores do paço ou equiparados, como se um não fosse já demais. Assim dizendo, fica, por outro lado, sublinhado um elemento de discordância sobre o que me transmitiu o colega em apreço e o que, porventura, pensarão outros.
Não partilhando o ponto de vista que se defende sobre a responsabilidade do reitor e dos catedráticos, concordo ainda menos com a eficácia de soluções do tipo disciplinar. Esses institutos jurídicos não servem como instrumento de gestão e não devem informar nenhum modelo de gestão, mesmo de deriva autoritária (até porque, nos dias que correm, não fica bem). O entusiasmo, a capacidade de motivar as gentes, a força do exemplo e a nobreza de atitude, serão, esses sim, poderosos instrumentos de gestão das organizações, capazes de minimizar contrariedades e levar à superação individual e colectiva. Entusiasmo, no entanto, não o tem quem quer. Têm-no, apenas, os que são capazes de perceber o trabalho e o lazer como partilha e possuem dose bastante de altruísmo.

J. Cadima Ribeiro

sábado, julho 01, 2006

"O método Scolari"

“O sofá e a televisão são a melhor escola que os aspirantes a uma carreira de sucesso como executivos de topo poderiam ter neste início de Verão. Precisam é de estar atentos a todos os gestos de Luiz Filipe Scolari . A cotação do seleccionador nacional não tem subido só no universo desportivo. Também os especialistas em liderança empresarial estão rendidos: o brasileiro parece ter um talento nato para a gestão de equipas, não ficando atrás nem de José Mourinho, o treinador mais bem pago do mundo, nem de muitos directores de multinacionais.
É verdade que está longe de exibir o «charme» de Mourinho mas, para a principal especialista da Heidrick & Struggles na área de «leadership services», Scolari possui uma qualidade mais interessante do que essa: «Tem perfume, uma atitude natural». Formada em medicina interna e com um doutoramento em psicologia relacionado com o comportamento dos executivos nas empresas, Isabel Rodrigues reconhece-lhe o atributo ideal para um gestor: «É um homem que está comprometido com a vida, para quem a vida não é um jogo. Para ele, é o percurso que conta e não o objectivo final. Sente-se que Scolari está bem e toda a gente quer estar perto de alguém que está bem, que acredita em si e nos outros. Isso faz com que os jogadores acreditem também em si próprios, de que são capazes de vencer».
Para Vítor Sevilhano Ribeiro, administrador do Laboratório da Formação, o seleccionador nacional cumpre os três «C» do triângulo da liderança empresarial: conceito, competência e compromisso: «Scolari sabe para onde quer ir e como fazer para lá chegar, além de comunicar bem e de conseguir construir um espírito de equipa. Essa é a parte do coração». O lado emocional é, claramente, um dos pontos fortes do brasileiro. “Reconheço nele o que diz Rob Goffee, um guru da liderança. Scolari usa as suas emoções para estimular as energias dos outros. Ele estuda e cria situações emocionais para gerar energia positiva».
Vítor sevilhano coloca-o lado a lado com o treinador do Chelsea. «Ambos têm uma empatia firme e sabem lidar bem com a comunicação para dentro e para fora do grupo. Profissionalmente, são parecidos. ”

in Expresso de 06/07/01, p. 6